Escorpianismo: O escorpionismo constitui problema de saúde pública em Goiás, podendo haver casos de morte ou de sequelas temporárias. Sua importância é acrescida pela ocorrência urbana e precocidade da evolução fatal nos extremos de idade.

Os meses chuvosos são os meses com maior número de casos de notificação. O motivo se deve ao período, que é marcado pela maior reprodução de escorpiões. Esse animal tem necessidade de muita umidade e calor para se reproduzir e este período é ideal para isso. E para se protegerem da chuva, esses escorpiões vão para as residências e quintais.

Prevenção: A melhor forma de evitar acidentes é adotar medidas de prevenção. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda manter a casa e a área ao redor limpas, uma vez que o lixo e entulhos podem servir de abrigo para muitos destes animais. Também é importante ficar atento à limpeza de armários, já que ambientes escuros e úmidos servem de esconderijos para aranhas e escorpiões. Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros, meias-canas e rodapé, além de utilizar telas e vedantes em portas, janelas e ralos, são outras formas de evitar a presença dos animais peçonhentos.

De acordo com a Lei que regula o agrotóxico, nº 7.802/89, que conceitua a matéria em seu art. 2º, inciso I, alíneas ‘a’ e ‘b’, in verbis:
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se:
I – agrotóxicos e afins:
a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivo;
b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento.
II – componentes: os princípios ativos, os produtos técnicos, suas matérias-primas, os ingredientes inertes e aditivos.
(…)

Links Úteis:
Diretrizes nacionais para a vigilância em saúde de populações expostas a agrotóxicos - Ministério da Saúde
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa – Agrotóxicos.
Fiocruz. 2015. Artigo relaciona morte de trabalhadores por agrotóxicos e sua subnotificação.
Relatório Nacional de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos - Ministério da Saúde

De acordo com a Fiocruz (2015), a exposição ocupacional a agrotóxicos atinge em especial agricultores, que podem ser afetados pela manipulação direta ou por meio de armazenamento inadequado, reaproveitamento de embalagens, roupas contaminadas ou contaminação da água. Contudo, trabalhadores da agricultura e pecuária, de saúde pública, de firmas desinsetizadoras, de transporte e comércio dos agrotóxicos, de indústrias de formulação de agrotóxicos são os principais profissionais sujeitos à exposição ocupacional a agroquímicos.

Os dados de intoxicação por agrotóxico de acordo com a circunstância de exposição do estado de Goiás, seguem o padrão dos dados apresentados pelo Ministério da Saúde, através do Relatório de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos, divulgado em 2016. As estatísticas de tentativa de suicídio apresentam-se de forma alarmante.

Estudos epidemiológicos demonstram que os métodos usados para cometer suicídio variam de acordo com a cultura, com o fácil acesso ao agente e a intencionalidade do ato. Na tentativa de suicídio, os meios mais utilizados são as autointoxicações, em especial por agentes químicos, principalmente aqueles que fazem parte do cotidiano, como por exemplo, o agrotóxico popularmente conhecido como “chumbinho”. Essa situação do “chumbinho” se deve ao fácil acesso, baixo custo e por sua grande eficácia frente as tentativas de suicídio, tornando-se um problema de Saúde Pública.

Os medicamentos estão entre as principais causas de intoxicação no Brasil, ficando atrás apenas dos acidentes com animais peçonhentos. Em Goiás, a realidade não é diferente. Os acidentes tóxicos por medicamentos vêm crescendo nas áreas urbanas dos nossos municípios com muita intensidade, conforme quadro abaixo sobre o número de notificações no CIT/GO.

São vários os fatores que favorecem direta ou indiretamente as intoxicações medicamentosas, dentre elas: prescrição médica com letra ilegível, prescrição múltipla, falta de orientação quanto ao uso dos medicamentos, auto-medicação, “farmacinhas” domiciliares, e outros.

Os dados apresentados demonstram a necessidade de criação de alternativas de prevenção deste problema de saúde pública mundial.

Links Úteis:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa – Medicamentos.

As intoxicações exógenas acidentais em crianças, principalmente na primeira infância é um grande problema de saúde pública, que requer medidas preventivas para evitar maiores complicações.

As crianças menores de cinco anos de idade pertencem a um grupo vulnerável às intoxicações acidentais, principalmente devido à curiosidade típica da idade. As crianças apresentam o costume de explorar o ambiente de forma abrangente em todos os sentidos, o que favorece o contato e a ingestão de agentes tóxicos. Na maior parte das vezes a intoxicação ocorre na própria residência e as substâncias envolvidas não estão armazenadas corretamente, ficando ao alcance das crianças.

Nos estudos realizados nos últimos anos no estado de Goiás, as tentativas de suicídio e suicídio consumado, conclui-se que, nas tentativas de suicídio, as mulheres apresentam uma frequência mais elevada em relação aos homens, e, nos suicídios consumados, há uma tendência maior no sexo masculino.

Saneantes são substâncias ou preparações destinadas à higienização, desinfecção, em ambientes coletivos e/ou públicos, em lugares de uso comum e no tratamento de água, compreendendo: detergentes e seus congêneres, alvejantes, desinfetantes, desodorizantes, esterilizantes, algicidas para piscinas, fungicidas para piscinas, desinfetante de água para o consumo humano, água sanitária, produtos biológicos, inseticidas, raticidas, produtos biológicos, inseticidas, raticidas, produtos destinados a jardinagem amadora, repelentes.

Esses produtos, oferecem risco devido à toxicidade das substâncias em suas formulações, bem como as concentrações, a finalidade de uso, às condições e ao modo de uso, à população exposta por ser frequente o uso no cotidiano, à frequência e duração da exposição e às formas de apresentação final.

As intoxicações por saneantes, caracterizam-se por ser predominantemente do tipo acidental e com elevada incidência em crianças.

No Brasil, os acidentes tóxicos, especialmente os não intencionais, constituem a principal causa de atendimento de emergência pediátrica. Tais dados nos alertam para possíveis problemas no que se refere à utilização e disponibilização dos domissanitários, principalmente no ambiente residencial.

Quando expostas à agentes químicos, as crianças sofrem consequências mais sérias, devido ao fato delas serem menores, terem o metabolismo mais acelerado e seu organismo serem menos capazes de lidar com toxinas químicas.

Os principais fatores que predispõe a intoxicação por saneantes são:
* Produtos guardados ao alcance das crianças;
* Estocagem de saneantes em garrafas de refrigerante;
* Estocagem de produtos saneantes junto a alimentos;
* Uso incorreto do produto;
* Associação de produtos;

Links Úteis: Orientações para os consumidores de saneantes